Soluções personalizadas para os desafios da suinocultura moderna
Nossas expectativas em relação aos suínos modernos são altas. No entanto, devido aos vários desafios que eles enfrentam no dia a dia, essa espécie geralmente não consegue atingir seu potencial genético em termos de crescimento e conversão alimentar. A solução para limitar o impacto dos desafios nos animais é aumentar sua resiliência natural; isso permite garantir o máximo desempenho. Entretanto, como isso pode ser alcançado? Trabalhando em uma abordagem holística que envolve o foco em diferentes áreas: garantir a segurança da ração, lidar com os desafios ambientais e otimizar as funções intestinais. Vamos dar uma olhada mais de perto nas soluções da Adisseo para aprimorar as funções intestinais, particularmente a barreira intestinal como a primeira linha de defesa.
A Adisseo está focada no fortalecimento das funções intestinais com aditivos nutricionais comprovados, reconhecendo o papel crucial do trato gastrointestinal como a primeira linha de defesa contra patógenos. Existem três etapas em que o intestino desempenha sua função de barreira: através de uma microbiota saudável, mantendo uma forte integridade intestinal e, finalmente, por meio de seu sistema imunológico. Este artigo se concentrará na melhoria da microbiota e da integridade intestinal através da utilização de ácidos graxos de cadeia curta e média.
Butirato
Entre os ácidos graxos de cadeia curta, o butirato é particularmente conhecido por seus efeitos favoráveis no intestino. Ele reduz a expressão de citocinas pró-inflamatórias e modula positivamente a atividade dos macrófagos. Além disso, o butirato é conhecido por auxiliar a proliferação e diferenciação das células epiteliais intestinais.
Uma microbiota mais resiliente
Em primeiro lugar, o butirato, através da melhoria da integridade intestinal e melhor digestibilidade de nutrientes tem efeito indireto na composição da digesta, o que consequentemente afeta a modulação da microbiota. Além disso, o butirato tem efeito comprovado no controle de bactérias Gram-negativas nocivas, como Salmonella e E. coli, particularmente no intestino grosso. Pesquisas destacam que o butirato pode desempenhar um papel significativo no combate à Salmonella na produção de suínos, pois reduz a colonização da bactéria ao afetar seus genes.
Desenvolvimento epitelial
Além disso, o butirato estimula o desenvolvimento epitelial, aumentando a taxa de regeneração celular, acelerando a maturação e diferenciação dos enterócitos e promovendo a cicatrização da mucosa, resultando na melhor absorção e otimizando a utilização de nutrientes. Ao melhorar o desenvolvimento intestinal, o butirato ajuda a minimizar a síndrome do intestino permeável. Ademais, o butirato demonstrou aumentar a espessura da camada de muco. Em resumo, o butirato é excelente para melhorar a função da barreira intestinal.
Butirato de liberação precisa
Para maximizar seus efeitos, o butirato deve ser liberado por todo o trato digestivo. No entanto, os sais de butirato – a forma mais comumente utilizada – se dissociam rapidamente no estômago e são absorvidos na região gastrointestinal superior. A Adisseo desenvolveu duas abordagens principais para solucionar esta questão: uma é o uso de um revestimento de gordura de alta qualidade (Adimix® Precision). Graças a esta tecnologia, que chamamos de liberação precisa, a lipase irá quebrar a matriz de gordura protetora do butirato revestido permitindo sua liberação ao longo de todo trato digestivo. A outra tecnologia é o uso de glicerídeos de butirato (FRA® Butyrin). Essas mono, di e tributirinas são compostas por uma estrutura central de glicerol e uma a três cadeias de ácido butírico. A lipase irá quebrar a matriz de gordura protetora do butirato revestido ou duas cadeias laterais de ácido butírico da tributirina. Ambos os mecanismos resultam na liberação de butirato onde ele é necessário: no intestino. E por último, mas não menos importante: ambas tecnologias garantem um odor neutro nesses produtos.
Maior crescimento em condições de desafios
Para comprovar o conceito de butirato de liberação precisa, a Adisseo conduziu um experimento na Universidade de Bolonha. Os resultados mostraram que o butirato não revestido (Adimix® Pure) e o butirato revestido de liberação precisa (Adimix® Precision) reduziram pela metade a mortalidade em leitões desmamados desafiados com E. coli, como mostra a Figura 1. No entanto, o revestimento de alta qualidade do Adimix® Precision foi necessário para maximizar o efeito no ganho médio diário e na morfologia das vilosidades intestinais, o que provavelmente melhora a digestão e absorção, reduzindo o risco de diarreia.
Ácido láurico
O ácido láurico, um ácido graxo de cadeia média com 12 átomos de carbono, é conhecido por auxiliar no equilíbrio do microbioma intestinal, mas de forma diferente do butirato. Produtos à base de ácido láurico, especialmente os glicerídeos de ácido láurico, inibem fortemente bactérias Gram-positivas patogênicas como o Streptococcus suis, ao mesmo tempo que estimulam a colonização de bactérias benéficas como Lactobacillus e Bifidobacterium. Este microbioma bem equilibrado ativa o sistema imunológico e oferece proteção ao impedir a entrada de patógenos nocivos na corrente sanguínea, fornecendo ao animal energia e suporte nutricional.
Glicerídeos de ácido láurico
A Adisseo desenvolveu o FRA® C12, produto que tem em sua composição alfa-monoglicerídeos de ácido láurico, resultado da esterificação do ácido láurico com uma molécula de glicerol. Sua estrutura molecular específica permite que esses glicerídeos exerçam efeitos anti patogênicos ainda mais fortes em comparação ao ácido láurico livre. Isso ocorre por interferência no metabolismo celular e ataque às membranas celulares bacterianas e aos vírus envelopados, resultando em danos consideráveis a uma ampla gama de patógenos.
Um patógeno a ser levado a sério
A eficácia dos produtos à base de ácido láurico contra estreptococos é particularmente interessante. O Streptococcus suis é um patógeno importante na suinocultura, afetando principalmente leitões recém-desmamados. Ele causa septicemia com morte súbita, meningite, artrite e endocardite. O S. suis sobrevive na poeira e nas fezes, podendo ser isolado de quase todos os suínos na granja. A transmissão ocorre por inalação, ingestão e contato nariz a nariz. No entanto, as reprodutoras também são uma importante fonte de infecção no parto através do contato com a vagina e também na amamentação.
Redução de S. suis em leitões recém-nascidos
Em um recente experimento de campo realizado em uma granja comercial na Espanha, as porcas receberam glicerídeos de ácido láurico (FRA® C12) em suas dietas uma semana antes do parto e durante a lactação. Foram coletadas, no dia do nascimento, amostras de leitões de porcas do grupo controle e do grupo de tratamento. Os resultados mostraram que os glicerídeos de láurico reduziram significativamente a contagem de células de S. suis nas fezes e nos swabs bucais dos leitões recém-nascidos em 35% e 11%, respectivamente. Além disso, a E. coli nas fezes dos leitões foi reduzida em 47%, destacando o efeito positivo do ácido láurico no microbioma tanto das porcas quanto de seus filhotes. A menor pressão de infecção por S. suis combinada com um microbioma mais equilibrado permitiu um crescimento mais rápido dos leitões durante a lactação, resultando em um peso ao desmame significativamente maior como mostra a tabela abaixo.
Tabela 2 Desempenho de leitões de porcas que receberam ácido láurico (FRA® C12) em suas dietas em comparação com o grupo controle.
Considerações finais
Em conclusão, a Adisseo se dedica a melhorar a resiliência animal, fornecendo soluções personalizadas para os desafios da suinocultura moderna. Nossas soluções à base de ácidos graxos de cadeia curta e média, como Adimix® Precision e FRA® C12, oferecem benefícios únicos para a barreira intestinal como primeira linha de defesa, e são apoiadas por pesquisa e inovação contínuas. Convidamos você a explorar nossas soluções e a se tornar nosso parceiro para otimizar a sua produção de suínos. Juntos, podemos garantir o máximo desempenho e um futuro mais saudável para a suinocultura.
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