Uma aliança que está transformando a suinocultura
Bem-estar animal tornou-se um tema amplamente discutido em todo o mundo, despertando o interesse dos consumidores pela origem e qualidade dos alimentos que consomem. Essa crescente preocupação com a qualidade da carne que chega à mesa dos consumidores está intrinsecamente ligada ao quesito bem-estar animal. Isso reflete o desejo dos consumidores por um sistema de produção que respeite e promova condições éticas para os animais ao longo de toda a cadeia alimentar.
Quando pensamos em bem-estar animal, é importante lembrar do princípio das cinco liberdades estabelecido pela Farm Animal Welfare Council em 1967. Na suinocultura, a aplicação deste princípio implica em fornecer instalações adequadas, com uma nutrição balanceada, cuidados veterinários regulares (prevenção, diagnóstico e tratamento) e um ambiente que permita a expressão dos comportamentos normais dos suínos.
Com o crescente reconhecimento da importância do bem-estar animal, diversos países estão reformulando suas legislações para melhor contemplar o bem-estar dos animais de produção. O Brasil, alinhado com as novas tendências e demandas do mercado, estabeleceu sua primeira legislação, a Instrução Normativa nº113 do MAPA, que define boas práticas de manejo e bem-estar animal nas granjas comerciais de suínos. Esta IN nº113 aborda diversos aspectos, incluindo a obrigatoriedade de adoção de sistemas de gestação coletiva até 2045. Seguindo esta orientação, já é possível identificar um movimento de transição gradual do sistema de alojamento individual para o alojamento coletivo de porcas nas granjas suinícolas em diferentes regiões do Brasil.
O sistema de gestação coletiva de porcas representa uma mudança no sistema de alojamento, colocando o bem-estar animal como prioridade. Embora a transição para um sistema de gestação coletiva possa representar um desafio para alguns produtores, uma vez que esta transição necessita de investimentos em infraestrutura, existem inúmeros benefícios a longo prazo. Como por exemplo, o sistema de alojamento individual em gaiolas restringe o espaço disponível para as porcas, o que resulta em estresse. Já o sistema de gestação coletiva proporciona interações sociais entre as porcas, e consequentemente reduz o estresse decorrente do isolamento, além disso, esta abordagem vai de encontro a um dos princípios das cinco liberdades (Farm Animal Welfare Council, 1967). Contudo, desafios como questões relacionadas à hierarquia social e agressividade entre as porcas podem surgir, demandando estratégias de manejo adequadas para minimizar estes problemas.
Outro benefício do sistema de alojamento coletivo é que ele oferece mais espaço para as porcas se movimentarem, em comparação com o alojamento individual em gaiolas, o que garante um maior conforto para as porcas. Nesse modelo, as porcas permanecem na baia coletiva durante todo o período gestacional ou na maior parte dele, sendo transferidas para gaiolas de maternidade antes do parto.
A transição para o sistema de alojamento coletivo de porcas representa uma mudança na suinocultura, atendendo às demandas éticas e regulatórias emergentes, e alinhando-se às preocupações dos consumidores. A Ourofino Saúde Animal tem o propósito de reimaginar a saúde animal, com um compromisso com o bem-estar animal e a busca pela eficiência produtiva. Estes valores são evidenciados com a recertificação da Ourofino Saúde Animal de Empresa Amiga do Bem-Estar Animal para Suínos. Esse é o reconhecimento da qualidade dos produtos Isocox, Maxicam 2%, Safesui Circovirus e Safesui Mycoplasma.
Material escrito por Viviane Sisdelli Assao, Médica Veterinária, mestrado e doutorado na área de biotecnologia, controle e prevenção de doenças dos animais. Pesquisadora P&D na Ourofino Saúde Animal.
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