Medidas de controle da Influenza Suína

04-Jul-2024
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A influenza suína representa um desafio significativo para a suinocultura, porém, pode ser controlada de maneira eficaz através da implementação de práticas de biosseguridade.

A Influenza Suína, também conhecida como gripe suína, é uma doença respiratória endêmica em suínos, causada por vírus da família Orthomyxoviridae. Altamente contagiosa, ela pode levar a sérios prejuízos econômicos na suinocultura devido à diminuição do desempenho zootécnico dos animais e aumento das taxas de mortalidade. Além disso, por ser um patógeno zoonótico, apresenta a possibilidade de transmissão entre espécies, sendo relevante em questões de saúde pública.

Os sintomas clínicos da influenza suína incluem febre, tosse, secreção nasal, letargia e diminuição do apetite. Em surtos severos, pode ocorrer uma mortalidade significativa, principalmente em leitões jovens.

A transmissão ocorre principalmente por aerossóis, contato direto com suínos infectados e superfícies contaminadas. Os vírus da influenza suína podem persistir em vários tipos de superfícies, como plástico e aço inoxidável e, na presença de matéria orgânica e muco, podem aumentar seu período de viabilidade. Neira et al. (2016) detectou níveis significativos do vírus da influenza A (H1N1) em superfícies e no ar de granjas suínas durante surtos do vírus.

Assim sendo, em conjunto com outras medidas básicas de biosseguridade externa e interna, como controle de acesso, procedimentos de banho, troca de calçados e roupas, quarentena dos animais, treinamentos e educação continuada, os protocolos de desinfecção aérea, de veículos, equipamentos e superfícies, são práticas fundamentais para o controle da influenza suína.

Para se alcançar a máxima eficácia nos procedimentos de desinfecção, os desinfetantes devem ser escolhidos e utilizados corretamente, levando-se em conta aspectos como segurança no uso, compatibilidade com superfícies, estabilidade, tempo de contato, diluição, além, é claro, de apresentar eficácia comprovada contra os vírus da influenza suína.

Ademais, quando o objetivo é baixar a carga de contaminação do ar através de protocolos de nebulização aérea na presença de animais, o produto utilizado deve ter tal indicação em registro e rótulo, o que garante a segurança e bem-estar dos animais neste tipo de aplicação. Outro ponto importante é se atentar ao tamanho de gota proporcionado pelo equipamento utilizado, já que tamanho de gotas menores que ficam em suspensão durante mais tempo, garantindo a inativação do vírus, principalmente quando se utilizam desinfetantes com ação rápida. Tal utilização é essencial no controle de surtos de influenza, já que o vírus da influenza possui uma alta capacidade de infecção através do ar, podendo sobreviver até 15 horas, principalmente em condições de umidade relativa baixa.

Quando falamos em desinfecção de ambientes, é importante atentar-se aos procedimentos de limpeza realizados. Tais processos devem contar com a utilização de detergentes e equipamentos adequados para uma maior remoção de matéria orgânica visando garantir a máxima eficácia do desinfetante utilizado. Também é fundamental utilizar vias de aplicação que permitam que a solução desinfetante tenha contato com todas as superfícies do ambiente.

Para o uso em desinfecção de veículos, é recomendado utilizar desinfetantes com rápida atividade, já que condições ambientais como calor, vento e baixa umidade do ar podem reduzir o tempo de contato da solução com as superfícies. Além disso, é de extrema importância optar pela utilização de bombas dosificadoras automáticas nos arcolúvios e estações de lavagem e desinfecção, já que estas garantem a exata diluição do desinfetante.

Para utilização de desinfetantes em rodolúvios e pedilúvios é essencial que se opte por um desinfetante que se mantenha estável e eficaz em desafios de alta quantidade de matéria orgânica e exposição à luz solar, já que tais fatores podem impactar significativamente na ação e eficácia do produto.

A influenza suína representa um desafio significativo para a suinocultura, porém, pode ser controlada de maneira eficaz através da implementação de rigorosas práticas de biosseguridade e do uso estratégico de desinfetantes. Além disso, a educação contínua dos trabalhadores, a adesão aos protocolos de biosseguridade e a escolha de desinfetantes adequados são essenciais para proteger os rebanhos e garantir a sustentabilidade da produção.

A Lanxess Biosecurity Solutions possui um portfólio completo para desinfecção em granjas suínas, com produtos testados e aprovados para o controle do vírus da influenza suína em condições reais de campo, garantindo máxima eficácia, segurança e rápida ação. Além disso, possuímos uma equipe técnica especializada que fornece treinamentos e materiais técnicos, definindo o futuro da biosseguridade na produção animal.

 

Referências:

Efficacy of disinfectants to inactivate H1N1 influenza A virus isolated from pigs. Pesquisa Veterinária Brasileira 42:e06987, 2022. Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Neira V., Rabinowitz P., Rendahl A., Paccha B., Gibbs S.G. & Torremorell M. 2016. Characterization of viral load, viability and persistence of influenza A virus in air and on surfaces of swine production facilities. PLoS One 11(1):e0146616.

Amass S f. Clark K. Biosecurity considerations for pork production Units. Swine Health Pro. 7 (5); 217-228.1999

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